Fator Marina preocupa petistas

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A pesquisa DataFolha, divulgada cinco dias após a morte de Eduardo Campos, mostra que Marina Silva representa um risco real de derrota para o esquema petista.

Se não conseguiu transferir votos para o ex-governador de Pernambuco, que vinha em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Marina Silva, com a morte do candidato socialista, disparou na corrida sucessória, suplantando o tucano Aécio Neves e Dilma Rousseff.

Pela primeira vez, nas simulações de segundo turno, a candidata do PT aparece em desvantagem, perdendo exatamente para Marina Silva, que foi impedida pelos petistas de registrar a tempo o seu partido e terminou filiando-se ao PSB.

Se as próximas pesquisas indicarem a tendência de crescimento da candidata do PSB, os marqueteiros do PT vão ter que fazer mágica para impedir a derrota de Dilma. É mais que provável que, em eventual segundo turno entre a socialista e a petista, os eleitores de Aécio Neves votem na primeira.

A comoção que tomou conta do país com a morte de Eduardo Campos e a decepção com o estilo de governo petista são fatores que terão grande influência no pleito, embora alguns analistas não acreditem nisso.

A jornalista Dora Kramer diz em sua coluna de hoje que “A leitura fria dos números não autoriza dizer que o resultado seja reflexo da comoção nacional decorrente da morte trágica do ex-governador de Pernambuco”.

Segundo ela, Marina apenas recuperou parte do seu patrimônio eleitoral, agora como herdeira da candidatura, pois, quando lutava para registrar o seu partido, a ex-ministra jã tinha alcançado 27% nas pesquisas.

Pode ser, mas o fato é que o quadro mudou completamente e parece cada vez mais distante que a eleição seja decidida já no ṕrimeiro turno.

Pesquisa do Ibope agrada a gregos e troianos

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A primeira pesquisa do IBOPE sobre as eleições no Piauí deixou eufóricos, curiosamente, os dois principais grupos que disputam o governo do estado.

Os petistas festejaram o fato de que Wellington Dias aparece com o dobro das intenções de voto conferidas ao seu principal concorrente, o governador Zé Filho (PMDB). Acreditam em vitória no primeiro turno.

Já os peemedebistas comemoram a queda das intenções de voto de Wellington Dias em relação a pesquisas anteriores em que aparecia com 56% das intenções de voto. Nesta última, o petista tem 46% contra 23% de Zé Filho, que cresceu entre 5% e 6% em relação a consultas anteriores.

Otimistas, os seguidores do candidato peemedebista acreditam que ele crescerá entre 8% a 10% durante o Horário Eleitoral Gratuito, sem contar que Mão Santa, hoje com 9%, tende também a crescer, o que garante, na opinião deles, o segundo turno e a vitória de Zé Filho.

O fato é que ainda é cedo para se comemorar vitória, principalmente levando-se em conta que cerca de 26% do eleitorado não sabe ainda em quem votar.

Nepotismo

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Entrevista do ex-governador e ex-senador Mão Santa na TV Cidade Verde, na condição de candidato a governador, serviu para que um dos convidados a fazer perguntas ao político parnaibano o acusasse da prática de nepotismo.

O ex-governador não perdeu as estribeiras e disse que nomeou a mulher, Adalgisa, para a Secretaria de Ação Social e não se arrependeu, pois ela teve um brilhante desempenho.

Quanto ao irmão Paulo de Tarso, secretário de Fazenda, Mão Santa deixou claro que na indicação pesou mais a honestidade do indicado que o parentesco.

De fato, nunca se ouviu falar de nada que desabonasse a conduta do ex-secretário de Fazenda, que exerceu o cargo com muita competência e saiu de cabeça erguida.

As explicações do ex-governador não justificam o nepotismo, evidentemente, mas entre os candidatos que disputam o governo do estado qual deles não adotou essa prática?

Wellington Dias nomeou a mulher, Rejane Dias, para cargo comissionado; um primo e um tio também faziam parte do staff administrativo do petista.

Então, no quesito nepotismo, a disputa termina empatada. Nenhum deles pode atirar a primeira pedra.