Um governo medíocre

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O salto alto do senador Wellington Dias (PT) é muito grande.

Embalado pelas pesquisas que hoje lhe dão grande vantagem sobre os adversários, o petista já se julga eleito.

Discursando na solenidade de confirmação da candidatura da deputada Margarete Coelho (PP), como vice na sua chapa, Wellington Dias disse que quem quiser vencê-lo terá que apresentar um projeto melhor que o seu.

Não sabemos de que projeto fala o pré-candidato petista, pois nos quase oito anos de sua gestão, o Piauí não conheceu esse decantado projeto de desenvolvimento.

Após os dois governos de Wellington Dias, o estado continua na lanterna em quase todos os indicadores sociais e econômicos, sem uma infraestrutura que possibilite o seu desenvolvimento.

Não houve avanços na educação, saúde, segurança pública. O Piauí continua de pires na mão à espera de esmolas do Governo Federal.

A presidente Dilma Rousseff, sempre bem votada no estado, apesar das promessas feitas publicamente, não investe aqui um terço do que investe no Maranhão e em outros estados do Nordeste.

O posto de Luís Correia e a revitalização da Eletrobras são dois exemplos do descaso presidencial com o Piaui.

A presidente mentiu aos piauienses dizendo que ia atender a essas duas reivindicações.

Os ministros Mercadante e Edison Lobão tinham antecipado ao governador Zé Filho, na véspera da visita presidencial, que não havia recursos previstos para o posto nem para a Eletrobras-PI.

A realidade piauiense quase nada mudou nos últimos 15 anos e o que melhorou não foi por causa da ação do governo estadual, mas graças à iniciativa privada, especialmente no agronegócio com a grande produção de grãos na região dos Cerrados.

Não pode ser próspero um estado em que mais da metade da população se sustenta do Bolsa Família.

Um estado em que a pobreza, as drogas e a falta de políticas públicas para combater essas mazelas resulta numa violência crescente e sem controle.

O magistério e a educação piauiense foram relegados a um plano secundário no governo Wellington Dias. Os professores, maltratados e ganhando salários aviltantes, viviam em pé de guerra durante seu governo.

Assim não passa de falácia dizer que houve avanço nesse setor durante a gestão petista.  

Na área de saúde é um caos, especialmente os serviços de urgência e emergência, por conta principalmente da falta de investimentos na rede hospitalar do estado no interior e na capital, além da corrupção, é claro.

Diante disso, pergunta-se: o que foi mesmo que o governo do senhor Welington Dias fez de tão extraordinário para melhorar a vida dos piauienses? Absolutamente nada.

O seu governo foi medíocre, perdulário nos gastos públicos e tolerante com a corrupção.

Na gestão petista a farra com o dinheiro público pode ser aquilatada pelos gastos que se fazia com aluguel de carros.

O governador Zé Filho (PMDB) reduziu essa despesa de R$ 18 milhões para R$ 3 milhões e olha que o ex-governador Wilson Martins já havia cortado pela metade.

Ou seja, o governo Wellington Dias gastava mais de R$ 30 milhões com aluguel de carros de luxo. Um escândalo.

Além disso, as denúncias de corrupção na reforma do Centro de Convenções e no Porto de Luís Correia são exemplos emblemáticos de como o governo petista tratava a coisa pública. Nada disso foi apurado.

Alguns contratos de obras públicas foram pagos antes que as obras fossem concluídas, a exemplo da ponte de São João da Serra, em que a construtora recebeu 90% do pagamento quando a obra ainda estava nas pilastras.

Na Secretaria de Saúde do Estado a máfia dos medicamentos imperou e só foi desmontada e denunciada depois que Wellington Dias deixou o governo.

A grilagem de terras públicas na região dos Cerrados foi outro escândalo que marcou o governo petista. Os grileiros, financiadores de campanha, nunca foram investigados e denunciados.

Afora isso, pode se elencar ainda como parte do malfadado projeto de governo petista as dezenas de obras inacabadas, as estradas que se desmanchavam ao menor chuvisco e a tragédia de Algodões I. 

Privilégio imoral

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Adversários quase irreconciliáveis por conta dos debates durante o julgamento dos envolvidos no escândalo do mensalão, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski se deram as mãos e agora estão juntos na defesa de um projeto que lhes beneficia diretamente e a todos os integrantes do Judiciário, sem distinção.

Ministro do STF e entidades representativas dos magistrados brasileiros fazem uma grande pressão para que o Senado aprove o projeto que permite o reajuste dos salários do Judiciário em 5%, automaticamente, até 35%, o que na prática permitirá aos ministros do STF ganhar acima do teto constitucional.

Pressionados pelos ministros, os senadores estão inclinados a aprovar e legitimar essa imoralidade que faz dos membros da magistratura uma casta especial, enquanto o país assiste a manifestações de protestos de professores universitários e outras categorias contra os baixos salários que percebem mensalmente.

Os nossos congressistas, especialmente os senadores, que se queixam com frequência de que o STF vive invadindo sua área de competência, têm agora uma ótima oportunidade de mostrar aos brasileiros que são independentes e compromissados com o interesse público, votando contra essa matéria.

Quanto aos senhores ministros do STF, inclusive o seu presidente, Joaquim Barbosa, é de se lamentar essa postura corporativista e esse privilégio imoral que defendem, divorciado da realidade brasileira, onde a grande maioria do funcionalismo público percebe salário de fome.

ISTOÉ denuncia estratégia terrorista do PT

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O editorial da revista ISTOÉ (edição de 21 de maio de 2014), que ainda vai chegar às bancas, sob o título “Terrorismo eleitoral no ar”, assinado pelo jornalista Carlos José Marques, diretor editorial da revista, retrata com fidelidade o que vem acontecendo no cenário político nacional.

Eis o que diz o editorialista da ISTOÉ:

“O medo como arma de campanha sempre foi tido e hav ido como o último dos recursos a que se apela quando todos os demais não surtiram efeito, no objetivo de aliciar a preferência dos eleitores a favor de um candidato contra o seu adversário. Na semana passada, o Partido dos Trabalhadores decidiu reverter essa lógica e colocou no ar, de saída, um “teaser” onde a mensagem do medo é abertamente lançada para angariar votos de indecisos e incautos. “Não podemos deixar que os fantasmas do passado voltem”, brada o locutor, enquanto imagens de brasileiros empregados e desempregados, pedintes e estudantes são sobrepostas, com a ameaça subliminar de um retrocesso caso a presidenta Dilma não vença as próximas eleições. A oposição naturalmente reagiu taxando de tática do desespero. A presidenta, que segue em queda nas pesquisas de popularidade, parece acreditar no vale-tudo. E, nesse ambiente, o debate que deveria caminhar, a bem do País, para o campo das mudanças estruturais almejadas pela sociedade desce ao nível da baixaria pura e simples. O recurso, mais que deplorável, é de eficácia duvidosa. Já foi tentado inúmeras vezes. E, ironia das ironias, contra o próprio PT. Em 2002,na campanha do candidato tucano José Serra, uma peça da sua propaganda eleitoral trazia o depoimento da atriz Regina Duarte dizendo ter medo de Lula e do risco que o Brasil corria de perder a estabilidade conquistada. O opositor Lula respondeu com o mantra “a esperança vai vencer o medo” e levou a vitória. Desta vez, na filosofia distorcida de seu partido, intensifica  a guerra do “nós contra eles”, como se o Brasil pudesse ser dividido em duas facções, a do “bem” e a do “mal”, a de “ricos contra pobres”. Certamente um equívoco. Com essa visão distorcida do maquiavélico conceito de dividir para governar, o PT incita sem  necessidade o apartheid de classes. E peca ao não perceber que a insatisfação do eleitorado aumenta independentemente da camada social. Os que hoje desaprovam o governo, como mostrou a pesquisa ISTOÉ/Sensus, já estão percentualmente em maior número do que aqueles que aprovam (49% a 40% dos entrevistados). Nas ruas, na semana passada, novos protestos e greves deram mais uma demonstração nesse sentido. Seria, portanto, prudente e aconselhável nesse cenário que partidos e candidatos deixassem de lado seus meros projetos de poder em prol das propostas que constituam um projeto de gestão mais eficiente – em sintonia como que a Nação realmente necessita”

Vale a pena ler também as duas reportagens O PT QUE METE MEDO, na página 36,e O MEDO QUE O PT TEM, na página 40, na quais o repórter Sérgio Pardellas revela detalhes da estratégia dos petistas de “disseminar o pânico para estancar a queda de popularidade” da presidente Dilma.

A revista traz ainda uma reportagem sobre o Caso Berlusconi, na qual revela que, “Na carta em que extorquia o ex-premiê italiano, o jornalista Valter Lavitola, hoje preso, diz que Lula o ajudou num polêmico negócio de madeiras na Amazônia”.

Wellington boicota ajuda do Governo Federal ao Piauí

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Depois de tomar conhecimento das declarações do governador Zé Filho (PMDB) sobre a audiência com os ministros Aloisio Mercadante, do Gabinete Civil, e Edison Lobão, das Minas e Energia, sou forçado a concluir que Dilma Rousseff mentiu mais uma vez aos piauienses.

A presidente não recebeu o governador nem os deputados e senadores piauienses. Mandou que os dois ministros conversassem com a delegação do Piauí. Isso deixa patente que o alardeado prestígio do senador Wellington Dias (PT) no Planalto não passa de balela.

Mas vamos ao que interessa. O que foi que o governador Zé Filho ouviu dos ministros Mercadante e Edison Lobão?

Os dois disseram ao governante piauiense que não há recursos previstos para a revitalização da Eletrobras e construção do Porto de Luís Correia, as duas principais reivindicações dos piauienses.

Mesmo assim, a presidente Dilma Rousseff, num discurso eleitoreiro e recheado de falsas promessas, não se constrangeu em reafirmar o compromisso de construir o porto e tirar a Eletrobras-PI da grave crise em que se encontra.

Tudo mentira. Indagado pela imprensa piauiense sobre qual a impressão que teve do encontro com os representantes do Governo Federal, em Brasília, Zé Filho, sem meias tintas, disse que foi ruim.

Agora, senhores, o mais grave de tudo é saber que o senador Wellington Dias trabalhou para que as reivindicações do governo estadual não fossem levadas em conta pelos ministros de Dilma.

Zé Filho não deixou dúvidas quanto a isso. Antes de receber a bancada federal do Piauí e o governador do Estado, Mercadante e Lobão conversaram com o senador petista, reservadamente.

Ou seja, o senador Wellington Dias teria boicotado a ajuda do Governo Federal ao Piauí.

Logo ele que tudo que é na vida deve ao povo piauiense que o colocou onde está. Agora, pensando exclusivamente nos seus próprios interesses se coloca contra os interesses do estado.

Resta aos piauienses refletir sobre essa e outras questões que têm contribuído para o atraso de nosso estado;

O governador Zé Filho ganhou a minha admiração pela coragem de expor esses fatos e de agir sempre com franqueza na abordagem das questões de interesse público.

De candidaturas e fofocas

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Do jornalista Pedro Alcântara, em sua coluna no Diário do Povo, edição desta sexta-feira (16):

*A central de boatos em torno da sucessão continua a todo o vapor. A última diz que será dia 1º o lançamento da pré-candidatura do governador Zé Filho à reeleição.

*A mesma central informa que se isso acontecer, o PSDB lança Sílvio Mendes com Robert Rios (PDT) de vice.

*Enquanto isso, o deputado Marcelo Castro segue sua pré-campanha sem nenhuma alteração.

*Correndo por fora, Mão Santa (PSC) acha que vai ao 2º turno. Não sabe com quem.”

Se acham pouco, tem outra chapa bastante comentada nos bastidores: Zé Filho e Firmino Filho de vice.

Ocorrendo isso, não está descartada uma mudança na chapa da oposição para receber a adesão de Marcelo Castro e uma banda do PMDB.

Como dizia o astuto político mineiro Magalhães Pinto, política é como uma nuvem…

Dias Toffoli defende sigilo em julgamentos na Justiça Eleitoral

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Em declarações à imprensa, nesta sexta-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Antônio Dias Toffoli, defendeu que o julgamento dos processos de cassação de mandatos ocorra em sigilo na Justiça Eleitoral.

Disse que isso não significa proteção ao político em julgamento, mas é necessário para impedir que reputações sejam jogadas na lata de lixo, em denúncias sem fundamentação.

Dias Toffoli cobrou do Congresso Nacional a aprovação de uma lei fixando um limite paras os gastos de campanha.

Segundo ele, se isso não feito até o dia 10 de junho, os partidos podem gastar o que bem entenderem.

Sobre a proibição do financiamento de campanhas eleitorais por empresas, o ministro, que votou a favor da proibição no Supremo Tribunal Federal, disse que ela não evitará o famoso Caixa 2, que é crime.

A matéria, que ainda está em análise no STF, ainda que seja aprovada antes do pleito não será aplicada na próxima eleição, segundo ele.

Dias Toffoli defendeu também a polêmica resolução, aprovada pelo TSE, que obriga o Ministério Público a pedir permissão à Justiça para investigar crimes eleitorais.

A Procuradoria Geral da República está arguindo a inconstitucionalidade da medida, que será apreciada na próxima semana pelo STF.

O presidente do TSE diz que o sigilo nos casos de julgamento depois que já houve a posse está previsto na Constituição Federal.

O ministro argumenta que nesses casos muitas vezes a publicidade gera um clima de instabilidade, com graves prejuízos para a administração pública.

Ele tachou o Ministério Público de parcial, salientando que a Justiça é que é imparcial e disse que a Resolução do TSE não limita a ação do MP.

 

Reparando uma injustiça

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Na última segunda-feira (12), publiquei nesta coluna artigo sob o título “Bancada ficha suja”, no qual destaquei o nome do deputado federal Júlio César de Carvalho Lima (PSD) como o único parlamentar atuante do Piauí, cometendo com uma injustiça que reparo hoje.

O deputado federal Jesus Rodrigues (PT) também se revelou um parlamentar atuante e tem se esforçado para garantir que obras importantes para o desenvolvimento do estado sejam realizadas pelo Governo Federal.

Exemplo disso é o empenho do deputado petista para que sejam concluídas as eclusas da Barragem de Boa Esperança, obra importantíssima para viabilizar a navegação do Rio Parnaíba e que está orçada em R$ 160 milhões.

Foi Jesus Rodrigues quem trouxe ao Piauí o coordenador da Administração Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e Administração das Hidrovias do Nordeste, José de Ribamar Catanhede, para uma visita à Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, no município de Guadalupe.

 

A visita contou ainda com a presença dos integrantes da Comissão Especial da Câmara Federal, do superintendente da AHINOR, Antônio Lobato, do diretor de Engenharia e Construção da Chesf, José Ailton de Lima e dos deputados federais Chico das Verduras (PRP/RR), Osmar Júnior (PCdoB/PI) e Júlio César de Carvalho Lima (PSD/PI).

 

O projeto de construção das eclusas foi elaborado ainda nos anos 80 e deve ser modificado ganhando a mesma estrutura das eclusas do rio Tietê, de São Paulo, com 12 metros de largura e 160 metros de comprimento, o que permitirá a navegação de maiores embarcações e cargas, conforme o parlamentar.

 

Jesus Rodrigues acompanha atentamente a análise do projeto na Comissão Especial de Transposição Hidroviárias de Níveis da Câmara Federal.

 

“Espero que o Projeto de Lei 5335, que está em análise na Comissão Especial, determine a obrigatoriedade da conclusão das eclusas pelo governo federal”, acentua.

Lamentável que o deputado federal Jesus Rodrigues não dispute a reeleição, já que o PT elegerá no máximo dois deputados federais e uma das vagas é de Assis Carvalho e a outra, da deputada estadual Rejane Dias, mulher do senador Wellington Dias.

Quem atira a primeira pedra?

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Com frequência, observo nas redes sociais pessoas instruídas, algumas até com pós-graduação, tentando difundir a ideia de que os petistas são vítimas de baixaria promovidas por seus adversários.

Os opositores do ex-presidente Lula são acusados de fazer um discurso agressivo e desrespeitoso, carregado de preconceito, contra o ex-presidente petista.  

Não há como negar que isso de fato acontece, mas convém lembrar que o PT e seus militantes fazem tanta baixaria quanto os seus opositores.

Basta ver as referências nada elogiosas que fazem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. São extremamente agressivos nas críticas ao ex-presidente tucano e utilizam os piores adjetivos para classificá-lo.

E o que dizer das agressões contra o presidente da Suprema Corte, Joaquim Barbosa, que teve a ousadia de mandar prender a quadrilha do mensalão?

Um vereador petista aqui de Teresina fez declarações racistas contra o ministro por causa de sua cor.

Lamentavelmente, o debate político no Brasil é de uma pobreza sem igual.

Pela absoluta incapacidade de debater ideias, propostas, promove-se o deprimente espetáculo das agressões gratuitas, com troca de insultos, utilizando-se quase sempre linguagem chula e ofensiva.

A principal vítima dessa baixaria, no entanto , não é o PT, como alguns querem fazer crer, mas a sociedade que assiste estarrecida a essa ópera bufa protagonizada pelos partidos e seus militantes, especialmente nas redes sociais.  

O PT não é vítima, mas um dos protagonistas do espetáculo.  E não é imune a críticas, embora não tenha sido pioneiro na prática da corrupção, como costumam argumentar seus defensores.

A corrupção no Brasil tem caráter multipartidário. Dificílimo, quase impossível, se apontar uma legenda que não tenha em seu histórico casos de malversação de recursos públicos e outras mazelas.

Agora mesmo é vergonhoso ver tucanos e petistas engalfinhados numa luta sem trégua para saber quem pratica mais corrupção, como vêm mostrando a imprensa nacional. PSDB e PT se apresentam como as duas faces da mesma moeda.

Quando na oposição, os petistas eram paladinos da justiça, combatiam a corrupção e levantavam a bandeira da ética na política, mas chegando ao poder esqueceram de tudo isso, juntaram-se à escória da política brasileira – Sarney, Maluf, Collor, Jáder, entre outros , em nome da governabilidade e da estabilidade política.

O PT abriu mão de seus princípios fundantes, rasgou seus estatutos e abandonou seu ideário político para garantir sua longevidade no poder.  Fez e faz um governo populista como o do velho caudilho gaúcho Getúlio Vargas, que naufragou em um mar de lama.

Soa como cinismo, portanto, essa estória de que o PT é vítima de conspiração da direita, que faz uma campanha difamatória contra suas principais lideranças. A direita, a bem da verdade, está no poder com Dilma Rousseff, assim como esteve com Lula.

O PT, que nasceu para ser um diferencial na política brasileira, hoje é apenas mais um partido fisiológico e oportunista que em nada difere dos outros.

E não tem essa de coitadinho dos petistas. Coitadinho é do povo brasileiro!

 

Corregedoria da CMT não funciona

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O imbróglio entre os vereadores Antônio José Lira (DEM) e Dr. Pessoa (PSD), que quase chegaram às vias de fato no Plenário da Câmara Municipal, fez com que a Corregedoria daquela Casa anunciasse a intenção de investigar se houve ou não falta de decoro parlamentar.

Ora, que houve falta de decoro é um fato público e notório. Os dois vereadores se agrediram verbalmente da tribuna, com um classificando o outro com adjetivos pesados como “covarde”, “bandido” e “cretino”.

Tudo foi gravado e não há necessidade de investigação nenhuma. É só aplicar o que prevê o Regimento da Casa ou Código de Ética, se é que existe um por lá.

Mas, confesso que tendo trabalhado mais de 30 anos como assessor de imprensa na Câmara Municipal, tenho a convicção de que isso não vai dar em nada.

Fatos muito mais graves foram registrados na CMT, envolvendo vereadores, e nunca se fez apuração de coisa nenhuma.

Quem não se lembra de um escândalo recente protagonizado por um vereador que teria sido filmado em um motel na companhia de duas menores?

Colocaram uma pedra em cima, nada foi apurado, e o caso caiu no esquecimento.

O único momento em que a Corregedoria da CMT funcionou foi no episódio da cassação dos vereadores Djalma Filho e Valdinar Pereira.

Dubiedade de Zé Filho gera incerteza na base

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Se no plano administrativo o governador Zé Filho vai bem, adotando medidas simpáticas à população, no plano político a sua postura dúbia tem desagradado a muitos de seus aliados e contribuído para a instabilidade na base do governo.

Mesmo declarando apoio à candidatura do deputado federal Marcelo Castro, o governador nunca negou enfaticamente o desejo de disputar a reeleição e em diversas oportunidades fez declarações que alimentaram a expectativa de que a chapa governista poderia mudar.

O ex-governador Wilson Martins (PSB), apesar de dizer que não existem rusgas entre ele e Zé Filho, em declarações a um jornal local deixou transparecer certa inquietação com a postura do governador.

E não poderia ser para menos. Há poucos dias, interpelado por jornalistas sobre quem apoiaria para o Senado, Zé Filho respondeu apenas que o voto é secreto.

Tudo bem, mas o Piauí inteiro sabe que ele assumiu o compromisso de apoiar Wilson Martins para o Senado e Marcelo Castro para o governo.

Em entrevista em um canal de televisão, o ex-governador deixou claro que não sente mais confiança nesse apoio.

Wilson Martins se mostrou também constrangido com as críticas da equipe de Zé Filho ao seu governo, destacando que não se deve fazer isso com um aliado.

Esta falta de coesão e as futricas envolvendo as principais lideranças da coligação governista terão reflexos altamente negativos na campanha de Marcelo Castro e Wilson Martins.

Sem um discurso afinado e sem o apoio e o empenho do governador, a chapa governista está fadada ao fracasso.

A oposição acompanha atentamente as escaramuças na base do governo e aproveita para amaciar o ego do governador Zé Filho, no intuito, é claro, de garantir que ele se mantenha como um magistrado, sem interferir no processo eleitoral em favor da chapa governista.

Em passado não muito distante, o ex-deputado Bona Medeiros, que era vice-governador, assumiu o governo e não moveu uma palha pelo candidato governista que terminou perdendo a eleição.

O elogio do senador Ciro Nogueira Filho (PP) dizendo que Zé Filho “mudou a administração do estado da água para o vinho” tem esse propósito.